




Armamos duas varas 6'6" pés, de 80lbs, com molinetes carregados de 150 metros, de linha 0.70mm. Como isca utilizamos Tuvira, cabeça de Tilapia, peixes vivos entre outras; buscando sempre as enormes Pirararas, que fazem a festa dos pescadores que freqüentam o Córrego das Antas.
Enquanto aguardávamos as puxadas nas varas de fundo, fomos tentar capturar os enormes e valentes Tambaquis, peixes que impressionam por sua força e tamanho. Utilizando varas de 2,40m e 2,70m, com carretilhas perfil baixo, abastecidas de linha monifilamento 0.35mm, e bóias cevadeira, começamos a pescar, e rapidamente os peixes já se alimentavam na flor da água.
Umas cevadas mais tarde engato o primeiro peixe, uma briga pesada e com fortes tomadas de linha, mas de repente o peixe leva a melhor, estourando o chicote e deixando o pescador desolado.
E assim continuou, fisgava, e em seguida escapava, começava a acreditar que realmente era o dia do peixe, e que a sorte não iria mudar, mas iria. A bóia afunda, e a fisgada é certeira, então logo penso comigo, ”por favor, não escape", e após uma longa e pesada briga, um lindo Tambaqui se entrega para os braços do pescador.
O dia do troféu
Depois de uma agradável noite de descanso, e com os ânimos revigorados, retornamos a pescaria. Era hora de conferir as iscas e renová-las, sempre com esperanças na busca pelos gigantes. Continuamos com a pescaria de bóia e as ações não pararam, entre alguns Tambaquis, fisgamos alguns Pacus.
Quando íamos nos preparar para tomar um merecido banho, uma de nossas varas enverga com uma força impressionante, meu irmão corre e confirma a fisgada.
A partir de então se inicia um verdadeiro cabo de guerra, o pescador recolhe, e o peixe leva o dobro, quando dava a impressão de que o peixe se entregaria, ele recuperava suas forças e ia embora novamente, e assim a briga se estendeu por mais de 20 minutos.
Quando o pescador já demonstrava exaustão, o peixe finalmente se entrega uma linda e enorme Pirarara, pesando os seus 40 kg. Diante de tanta beleza ficamos sem palavras, era uma emoção sem tamanho, ver sair da água um animal, que de tão grande, parecia pré- histórico.
Depois de uma sessão de fotos, a devolvemos em seus habitat, para que um dia ela possa dar essa mesma alegria que nos deu a outros pescadores
Fernando de Paiva